Eu estava um pouco perturbada com aquela eliminação súbita, mas Joseph não parecia inquieto. Ele comia tranquilamente, e ao vê-lo lembrei que seria bom acabar meu prato antes que esfriasse. Como antes, estava bom demais. O suco de laranja era tão puro que eu fazia questão de tomar goles pequenos, só para aproveitar melhor. Os ovos e o bacon pareciam vindos do céu, e as panquecas estavam perfeitas, não finas como as que eu fazia em casa.
Escutei montes de pequenos suspiros pela sala e soube que não era a única que tinha gostado da comida. Sem me esquecer de usar o pegador, tirei um pedaço de torta de morango do cesto que estava no centro da mesa. Ao fazer isso, corri os olhos pela sala para ver se as outras Cinco estavam gostando da refeição. Foi quando notei que era a única delas que havia restado.
Eu não sabia se Joseph tinha consciência disso — ele parecia mal saber nossos nomes —, mas era estranho o fato de as outras duas terem saído. Se eu não tivesse conhecido o príncipe antes de entrar naquele salão, teria sido chutada também? Ruminei essa ideia com o pedaço de torta de morango na minha boca. Era tão doce e a massa folheada estava tão macia que cada milímetro de minha boca se concentrou nela, consumindo todos os meus outros sentidos. Não queria ter soltado nenhum ruído, mas aquela torta era sem dúvida a coisa mais deliciosa que já provara. Dei outra mordida antes mesmo de engolir o que tinha na boca.
— Senhorita Demetria? — uma voz me chamou.
As outras cabeças da sala viraram na direção dela, que pertencia ao príncipe Joseph. Fiquei chocada por ele se dirigir a mim, ou a qualquer uma de nós, de maneira tão informal na frente de todos.
O pior de ter sido chamada assim de supetão era que minha boca estava cheia de comida. Cobri-a com a mão e mastiguei o mais rápido que pude. Não levou nem dez segundos, mas com tantos olhos postos em mim, pareceu uma eternidade. Notei o rosto orgulhoso de Celeste enquanto tentava limpar a boca. Ela deve ter achado que eu era uma presa fácil.
— Sim, Majestade? — respondi assim que engoli a maior parte da comida.
— O que está achando da comida?
Joseph estava prestes a rir, ou por causa da minha cara de assustada ou por causa do detalhe que havia levantado sobre nossa primeira e altamente ilegal conversa.
Tentei me manter calma.
— Excelente, Majestade. Esta torta de morango... bem, tenho uma irmã que gosta mais de doces do que eu. Acho que ela choraria se a experimentasse. Está perfeita.
Joseph engoliu um bocado de sua própria comida e recostou na cadeira.
— Acha mesmo que ela choraria?
O príncipe parecia maravilhado com a ideia. Ele tinha uma relação estranha com as mulheres e seu choro.
Pensei na resposta e confirmei.
— Sim, é isso que eu acho. Ela não consegue controlar muito bem suas emoções.
— Você apostaria dinheiro nisso? — ele perguntou rapidamente.
As cabeças de todas as meninas viravam de um lado para outro, como
se elas estivessem assistindo a uma partida de tênis.
— Se tivesse dinheiro para apostar, com certeza o faria — respondi. Agradou-me a ideia de apostar sobre as lágrimas de alegria alheias.
— E o que gostaria de apostar em vez disso? A senhorita parece ter um talento para os acordos.
Ele estava gostando do jogo. Muito bem. Então eu ia jogar.
— Bem, o que Vossa Alteza quer? — rebati. Depois, fiquei pensando no que poderia dar a alguém que já tinha absolutamente tudo.
— O que a senhorita quer? — ele replicou.
Ali estava uma pergunta fascinante. Quase tanto quanto pensar no que eu poderia oferecer a Joseph era pensar no que ele poderia me oferecer. O príncipe tinha o mundo a seus pés. Então, o que ia escolher?
Não era da Um, mas estava vivendo como se fosse. Tinha mais comida do que podia dar conta e a cama mais confortável possível. As pessoas me serviam o tempo todo, mesmo que eu não quisesse. Se eu precisasse de algo, bastava pedir.
A única coisa que realmente queria era algo que fizesse aquele lugar parecer menos um palácio. Queria minha família correndo pelos corredores, ou não estar tão arrumada. Não podia pedir uma visita, porque só tinha passado um dia ali.
— Se ela chorar, quero usar calça por uma semana — propus.
Todo mundo riu, de maneira discreta e educada. Até o rei e a rainha pareciam ter achado meu pedido divertido. Gostei de como a rainha me olhou, como se eu tivesse me tornado menos estranha a seus olhos.
— Feito — afirmou Joseph. — E, se ela não chorar, a senhorita me deve um passeio pela propriedade amanhã à tarde.
Um passeio pela propriedade? Era isso? Não parecia nada especial. Lembrei-me do que Joseph havia dito na noite anterior: ele era vigiado. Talvez apenas não soubesse pedir um encontro a sós com alguém. Talvez esse fosse seu jeito de navegar em águas muito estranhas para ele.
Alguém perto de mim soltou um resmungo. Ah! Percebi que, se perdesse, seria a primeira garota ali a ter um encontro oficial a sós com o príncipe. Parte de mim quis renegociar, mas se era para ajudar — como
prometido — eu não podia rejeitar suas tentativas de ficar comigo.
— Alteza, seus termos são severos, mas eu os aceito — afirmei.
— Justin?
O mordomo com quem ele tinha conversado antes deu um passo à frente.
— Embrulhe as tortas de morango e envie-as para a família da senhorita Demetria. Peça que alguém espere enquanto a irmã experimenta e nos informe se ela, de fato, chora. Estou curiosíssimo quanto a isso.
Justin apenas sacudiu a cabeça e saiu.
— A senhorita deveria escrever um bilhete dizendo que está bem para acompanhar o embrulho. Na verdade, todas vocês deveriam escrever a suas famílias. Façam isso depois do café. Garantiremos que as cartas sejam entregues ainda hoje.
Todas as garotas sorriram e respiraram aliviadas, felizes de finalmente serem incluídas nos acontecimentos. Terminamos o café e fomos escrever as cartas. Anne me arranjou material de escritório, e escrevi um bilhete à minha família. Embora o começo no castelo tivesse sido bem estranho, a última coisa que eu queria era preocupá-los. Tentei parecer contente.
Queridos papai, mamãe, Maddie e Frankie,
Já sinto tanta falta de vocês! O príncipe pediu que escrevêssemos para casa contando a nossa família que estamos seguras e bem. Eu realmente estou. A viagem de avião foi um pouco assustadora, mas de certo modo divertida também. O mundo parece tão pequeno lá de cima!
Ganhei montes de roupas e coisas maravilhosas, e tenho três criadas adoráveis que me ajudam a me vestir, limpam meu quarto e me dizem para onde devo ir. Assim, mesmo que eu fique completamente perdida, elas sempre sabem onde devo estar e me ajudam a chegar na hora.
A maioria das garotas é tímida, mas acho que fiz uma amiga. Lembram-se de Miley, de Kent? Eu a conheci a caminho de Angeles. Ela é incrível e adorável. Se eu acabar voltando para casa mais cedo, espero que ela fique até o fim.
Conheci o príncipe; o rei e a rainha também. Eles são ainda mais nobres em pessoa. Ainda não conversei com o casal real, só com o príncipe Joseph. Ele é uma pessoa surpreendentemente generosa... eu acho.
Preciso parar por aqui, mas amo todos vocês e sinto saudades. Escrevo de novo assim que puder.
Com amor,
Demetria
Não achei que havia nada de surpreendente no texto, mas podia estar errada. Fiquei imaginando Maddie lendo e relendo a carta várias vezes, à procura de detalhes escondidos da minha vida nas entrelinhas. Será que ela leria antes de comer as tortas?P.S.: Maddie, essas tortas de morango não fazem você chorar de tão boas? Pronto. Era o melhor que eu podia fazer.
Mas parece que não tinha sido bom o bastante. Um mordomo bateu à minha porta naquela tarde com uma carta da minha família e uma informação.
— Ela não chorou, senhorita. Disse que estava tão boa que poderia ter feito isso, como a senhora sugeriu, mas não o fez de fato. Sua Majestade virá buscá-la em seu quarto por volta das cinco da tarde de amanhã. Por favor, esteja preparada.
Não fiquei tão irritada por perder, mas teria gostado de poder usar calça. Mas pelo menos tinha as cartas da minha família. Eu me dei conta de que era a primeira vez que me separava deles por mais que algumas horas. Não tínhamos dinheiro para viajar, e como não tive amigos, nunca passara uma noite fora. Se ao menos houvesse um meio de receber cartas todos os dias... Talvez fosse até possível, mas sairia caro.
Li primeiro a carta do meu pai. Ele insistia em dizer que eu estava linda na TV e que ele tinha orgulho de mim. Dizia também que eu não deveria ter enviado as três caixas de torta porque Maddie ia acabar mimada.
Três caixas! Meu Deus!
Depois, ele contou que Nicholas passara em casa para ajudar com as tarefas de escritório e levara uma das caixas para sua família. Eu não sabia como me sentir com relação a isso. Por um lado, estava feliz por terem algo decente para comer. Por outro, imaginava Nicholas dividindo a torta com sua nova namorada. Uma namorada que ele podia mimar. Eu me perguntava se ele tinha ficado com ciúme do presente de Joseph ou se estava feliz por se livrar dos meus cuidados.
Detive-me naquelas linhas muito mais do que gostaria.
Meu pai concluiu dizendo estar contente por eu ter feito uma amiga, lembrando que sempre tinha sido devagar nesse quesito. Dobrei a carta e passei o dedo pela assinatura do lado de fora do envelope. Nunca tinha notado como sua assinatura era esquisita.
A carta de Frankie era curta e grossa: ele sentia minha falta, dizia que me amava e pedia que eu mandasse mais comida. Dei boas gargalhadas.
Minha mãe foi mandona. Dava para notar seu tom de voz mesmo no texto escrito, naquele seu jeito orgulhoso de dar os parabéns por ter conquistado a atenção do príncipe — Justin contara que minha carta tinha sido a única a ser acompanhada de presentes — e de sugerir que eu continuasse fazendo o que quer que estivesse fazendo.
Claro, mãe. Vou continuar dizendo ao príncipe que ele não tem chance comigo e a ofendê-lo sempre que possível. Excelente plano.
Fiquei feliz por ter guardado a carta de Maddie para o fim.
Era muito animada. Ela admitiu que tinha ficado com inveja ao saber que eu comia coisas daquele tipo o tempo todo. Também reclamou que mamãe estava ainda mais mandona com ela. Eu sabia como era. De resto, havia um bombardeio de perguntas: Joseph era tão bonito pessoalmente como na TV? Que roupa eu estava usando naquele momento? Ele tinha um irmão secreto disposto a se casar com ela algum dia?
Ri e abracei as cartas. Tinha que me esforçar para respondê-las logo. Devia haver um telefone em algum lugar, tão distante que ninguém nem o mencionou. Mesmo que houvesse um aparelho em meu quarto, seria loucura ligar todos os dias. Mas eu ia conservar aquelas cartas. Seriam
provas de que eu tinha estado ali quando aquele lugar se tornasse uma vaga lembrança.
Fui para a cama reconfortada por saber que minha família ia bem, e essa ternura acalentou um sono gostoso, perturbado apenas pelo incômodo de saber que teria que ficar a sós com Joseph outra vez. Não sabia muito bem o motivo disso, mas esperava que não fosse nada de mais.
— Em nome das aparências, você poderia segurar meu braço? — o príncipe pediu ao me buscar no quarto no dia seguinte. Hesitei um pouco, mas cedi.
As criadas já tinham posto em mim um vestido para o fim de tarde: era azul, acinturado e de alcinha. Meus braços ficavam nus, e eu podia sentir o tecido engomado do terno de Joseph roçar minha pele. Algo nisso tudo me deixava desconfortável. Ele deve ter notado, porque tentava me distrair.
— Sinto muito que ela não tenha chorado.
— Não, não sente — meu ar brincalhão deixava claro que eu não estava muito chateada por ter perdido.
— Nunca tinha apostado antes. Foi bom ganhar.
Havia como que um pedido de desculpas no tom de sua voz.
— Sorte de principiante.
Ele sorriu.
— Talvez da próxima vez possamos apostar se ela ri.
Comecei imediatamente a levantar hipóteses em minha cabeça. O que no palácio faria Maddie rolar de rir?
Joseph adivinhou que eu estava pensando nela.
— Como é sua família?
— O que você quer dizer?
— Só isso mesmo. Sua família deve ser bem diferente da minha.
— Eu diria que sim — respondi entre risos. — Para começo de conversa, ninguém em casa usa coroa no café da manhã.
Joseph sorriu de novo.
— Vocês usam coroa apenas no jantar?
— Mas é claro.
Ele soltou uma risada baixa. Comecei a pensar que o príncipe talvez estivesse bem longe de ser o esnobe que eu supunha.
— Bem, sou a filha do meio de cinco irmãos.
— Cinco!
— Sim, cinco. A maioria das famílias por aí tem montes de filhos. Eu teria vários se pudesse.
— Mesmo?
Joseph ergueu as sobrancelhas.
— Sim — afirmei em voz baixa.
Não sabia dizer bem o motivo, mas aquele era um detalhe muito íntimo da minha vida. Só havia outra pessoa que o conhecia. Senti um espasmo de tristeza, mas o afastei.
— Não importa. Minha irmã mais velha, Dallas, é casada com um Quatro. Ela trabalha numa fábrica agora. Minha mãe quer que eu me case ao menos com um Quatro, mas não quero ser forçada a parar de cantar. Amo a música, mas se agora sou uma Três. É estranho... Acho que vou tentar permanecer na música, se puder.
E continuei falando.
— Depois vem Logan. Ele é artista. Não o temos visto muito. Ele foi se despedir de mim, mas é só. Depois eu.
Joseph deu um sorriso fácil.
— Demetria Singer — ele anunciou —, minha melhor amiga.
— Isso mesmo — respondi enfadada.
Não havia chance de eu ser a melhor amiga do príncipe. Pelo menos não ainda. Mas eu tinha que admitir: ele era a única pessoa em quem eu realmente confiava que não fazia parte da minha família nem era meu namorado. Bem, eu também confiava em Miley. Será que ele pensava o mesmo de mim?
Caminhávamos lentamente em direção à escada. Ele parecia não ter pressa alguma.
— Depois de mim vem Maddie. É a que me traiu e não chorou. Para ser sincera, fui roubada. Não acredito que ela não tenha chorado! Maddie é uma artista... e eu a amo muito. Joseph examinava meu rosto. Falar de Maddie me deixava mais leve. Eu já gostava mais dele, mas não sabia se queria deixá-lo entrar na minha vida.
— Por fim, vem Frankie, meu irmão caçula de sete anos. Ele ainda não sabe direito se vai para a música ou para outras artes. Na verdade, ele gosta de jogar bola e estudar insetos, o que é bom. Só que não vai conseguir ganhar dinheiro com isso. Bem, já falei de todos.
— E os seus pais?
— E os seus pais? — rebati.
— Você conhece meus pais.
— Não. Conheço a imagem pública deles. Como eles são de verdade?
Forcei seus braços para baixo. Uma façanha, já que eram enormes. Mesmo sob as camadas de roupa, dava para sentir seus músculos fortes e retesados. Joseph suspirou, mas percebi que não o tinha irritado nem um pouco. Ele parecia gostar de ter alguém para infernizá-lo. Devia ser triste crescer sem irmãos naquele lugar.
O príncipe começou a pensar em sua resposta assim que pusemos os pés no jardim. Os guardas abriam sorrisinhos maliciosos à nossa passagem. Um pouco mais adiante estava a equipe de filmagem. Claro que eles queriam estar presentes no primeiro encontro do príncipe. Com um movimento de cabeça, Joseph fez todos se retirarem imediatamente para dentro. Escutei alguém xingar. Não que eu estivesse ansiosa para ser filmada, mas estranhei a dispensa.
— Você está bem? Parece tensa — comentou Joseph.
— Você fica confuso com choro de mulher, e eu com caminhadas ao lado de príncipes — disse, dando de ombros.
Joseph riu baixo, mas permaneceu calado. Caminhávamos na direção oeste. O sol se escondia atrás da enorme floresta da propriedade, embora ainda fosse cedo. A sombra nos cobriu como uma tenda de escuridão. Era ali que gostaria de ter ido na noite em que o encontrei pela primeira vez. Parecíamos estar realmente a sós agora. Continuamos a caminhar, para longe do palácio e dos ouvidos dos guardas.
— Por que deixo você confusa?
Hesitei, mas contei o que sentia:
— Seu caráter. Suas intenções. Não sei direito o que esperar dessa nossa voltinha.
— Ah.
Ele parou de andar e me encarou. Estávamos bem próximos. Apesar da brisa quente de verão, um calafrio percorreu minha espinha.
— Acho que você já percebeu que não sou um homem que se esconde. Vou dizer exatamente o que quero de você.
Joseph deu um passo em minha direção.
Minha respiração parou. Eu acabara de me meter na situação que mais temia. Nada de guardas, nada de câmeras, ninguém para evitar que ele fizesse sua vontade.
Meu joelho reagiu automaticamente. Sim. Dei uma joelhada na coxa de Sua Majestade. Com força.
Ele berrou e levou as mãos à perna, cambaleando enquanto me afastava.
— Por que fez isso?
— Se encostar um dedo em mim, vou fazer pior! — ameacei.
— O quê?
— Se você encostar um dedo em mim...
— Não, sua louca. Eu ouvi da primeira vez — ele interrompeu, com uma careta de dor. — Mas o que quer dizer com isso?
Meu corpo foi tomado pelo calor. Eu havia pensado no pior e lutava contra algo que não tinha a menor chance de acontecer.
Os guardas acorreram, alertados por nossa briguinha. Joseph, meio envergado e capenga, deu um sinal para que voltassem.
Permanecemos em silêncio por alguns momentos. Ele já tinha superado o pior da dor e passara a me observar.
— O que achou que eu queria? — o príncipe perguntou.
Abaixei a cabeça e corei.
— Demetria, o que você achou que eu queria?
Sua voz soava irritada. Mais que isso: ofendida. Obviamente, ele adivinhara meus pensamentos e não gostara nada deles.
— Em público? Você pensou... por Deus! Eu sou um cavalheiro!
Ele ameaçou sair, mas voltou.
— Por que se ofereceu para ajudar se me considera tão baixo?
Eu não conseguia encará-lo. Não sabia como explicar que fora induzida a me preparar para um monstro; que a escuridão e a privacidade tinham me deixado insegura; que só havia ficado a sós com um único garoto.
— Você jantará em seu quarto hoje. Cuido disso amanhã de manhã.
Esperei no jardim até ter certeza de que todas as outras já estavam na sala de jantar. Em seguida, circulei pelo corredor antes de entrar no quarto. Annie, Mary e Lucy estavam uma ao lado da outra quando entrei. Não tive coragem de contar que não passara todo aquele tempo com o príncipe.
Meu jantar já havia sido servido na mesa perto da sacada. Eu estava com tanta fome que consegui parar de pensar em como tinha sido ridícula. Mas não era por causa de minha longa ausência que elas estavam inquietas. Havia uma caixa enorme na minha cama, implorando para ser aberta.
— Podemos ver? — pediu Lucy.
— Lucy! Que falta de educação! — reprovou Anne.
— Deixaram aqui assim que a senhorita saiu. Desde então, estamos curiosas! — exclamou Mary.
— Mary! Tenha modos! — ralhou Anne.
— Não se preocupem, meninas. Não tenho segredos.
Quando me enxotassem na manhã seguinte, eu explicaria tudo a elas.
Dei um sorriso amarelo e comecei a desfazer o laço grande e vermelho da caixa. Dentro havia três calças. Uma de linho, outra mais formal, de tecido macio, e um jeans maravilhoso. Sobre elas, havia um cartão com o brasão de Illéa.
Você pede coisas tão simples que sou incapaz de negá-las. Mas, por mim, use apenas aos sábados.
Obrigado por sua companhia.
De seu amigo,
Joseph
Adorei o Capitulo.
ResponderExcluirCompre o livro A seleção mais eu nao vou ler Agora quero Acompanha a fic aqui.
Bjs e Poste logo!!!
Adorei o capitulo.Estou a adorar a fic.
ResponderExcluirPosta Logo!!!!!
Oi Gabs!
ResponderExcluirPeço desculpa pelo atraso a criticar a sua fanfic "Adolescentes em casa". Em breve vou postar a crítica. Só vim avisar que vou demorar um pouco porque a fanfic é enorme. Mas antes do Ano Novo vou postar com toda a certeza.
Beijos.